ESCABIOSE NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
CHILDHOOD SCABIES: A NARRATIVE REVIEW OF THE LITERATURE
DOI:
https://doi.org/10.56084/ulakesjmed.v5i2.1318Resumo
A escabiose é uma ectoparasitose caracterizada por pápulas eritematosas, tocas serpiginosas e prurido
intenso, especialmente no período noturno. O diagnóstico é estabelecido por meio da correlação entre os achados clínicos do exame físico e métodos complementares, tanto invasivos quanto não invasivos, incluindo a videodermatoscopia. Na infância, o tratamento da escabiose apresenta desafios específicos, sobretudo devido aos potenciais efeitos adversos da ivermectina e da permetrina, fármacos de primeira escolha no manejo da doença. Em todo o mundo, cerca de 300 milhões de pessoas são afetadas anualmente, sendo os bebês e as crianças com as maiores taxas de incidência. A população pediátrica também apresenta as maiores taxas de complicações e agravos, cursando com infecções bacterianas secundárias por Streptococcus pyogenes ou Staphylococcus aureus. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão narrativa da literatura científica recente sobre a escabiose na infância, com ênfase no manejo, abordando seus aspectos epidemiológicos, clínicos, diagnósticos e terapêuticos. Com base na revisão bibliográfica, observamos que as complicações da escabiose em crianças estão frequentemente associadas a reações de hipersensibilidade. Evidências crescentes indicam a ocorrência de uma reação autolimitada de hipersensibilidade póstratamento, não contagiosa, caracterizada pela persistência de pústulas nas palmas das mãos e plantas dos pés, sem a presença de sulcos ou ácaros, conhecida como acropustulose infantil. No entanto, a escassez de estudos randomizados, multicêntricos e com amostras representativas evidencia a necessidade de mais
investigações para esclarecer esses mecanismos e orientar estratégias terapêuticas eficazes.
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