LOBULAÇÃO ESPLÊNICA

Autores

  • Gabriela Faria Reis QUEIROZ
  • João Vitor Pereira CUNHA
  • Matheus de Barros DOMINGOS
  • Marcus Alexandre Mendes LUZ

Resumo

A lobulação esplênica tem origem fetal e pode persistir na fase adulta, sendo considerada uma das principais causas de erro na análise tomográfica do trauma esplênico. O objetivo do presente estudo é descrever a anatomia da lobulação esplênica rara em cadáver de indivíduo adulto, estabelecendo sua morfometria. O baço descrito é caracterizado por dois lóbulos, um menor, coincidente com o polo anterior de dimensão igual a 50,92 mm, e um maior coincidente com o polo posterior, de dimensão igual a 74,54 mm. Possui uma fissura que circunda o órgão horizontalmente, contínua na face diafragmática, delimitando dois lóbulos de bordas levemente arredondadas. O hilo, perpendicularmente disposto, contém duas ramificações da artéria esplênica, uma posterior e uma anterior, para cada lóbulo em face visceral, delimitadas pelo ligamento esplenorrenal, em sintopia com a cauda do pâncreas. As respectivas tributárias da veia esplênica revelaram sintopia com a face posterior dos ramos arteriais. O diâmetro médio dos vasos foi igual a 4,17mm. O estudo relata lobulação completa do baço, contínua na face diafragmática que contribui para a diferenciação em imaginologia de massas teciduais densas neoplásicas ou traumáticas, bem como a compreensão de distúrbios hemodinâmicos associados ao órgão.

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Publicado

2019-10-04

Edição

Seção

Artigos