MANEJO DA DEPRESSÃO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS: CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS, DESAFIOS DIAGNÓSTICOS E ESTRATÉGIAS TERAPÊUTICAS
Resumo
A incidência de doenças crônicas não transmissíveis vem crescendo consideravelmente, dentre as quais se destaca o câncer, que é uma doença crônico-degenerativa não transmissível existente desde a antiguidade. Muitos avanços surgiram no tratamento do câncer, porém, ainda existem diversas dificuldades para lidar com a doença, uma vez que ela ameaça não apenas a saúde física, mas também a saúde mental do paciente, podendo inclusive levá-lo ao óbito. O câncer pode deixar os pacientes deprimidos e, por isso, o manejo clínico é complexo e precisa ser personalizado e integrado, com cuidados voltados não apenas aos sintomas físicos, mas também a saúde mental do paciente. Diante disso, este estudo objetivou descrever a relação entre o diagnóstico de câncer e o desenvolvimento da depressão, discutindo o manejo, os sintomas, os desafios e o tratamento da doença. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica, utilizando publicações dos últimos 10 anos, exceto quando não foram encontradas referências mais recentes. Constatou-se uma prevalência significativa de depressão em pacientes oncológicos, principalmente em mulheres com câncer de mama, além do impacto no prognóstico e na qualidade de vida desses pacientes. Enfatizou-se que a doença muitas vezes é subdiagnosticada, sendo fundamental um cuidado integrado ao paciente oncológico, com atenção não apenas aos sintomas físicos, mas aos sintomas mentais, realizando um diagnóstico clínico eficaz da depressão e iniciando o tratamento para a melhora da qualidade de vida e dos resultados do tratamento oncológico do paciente. Além disso, são necessários mais estudos para compreender a relação entre depressão e câncer.