PREVENÇÃO DE TROMBOEMBOLISMO VENOSO EM CIRURGIA PLÁSTICA: QUAIS OS RISCOS E BENEFÍCIOS RELACIONADOS AO USO DOS ANTICOAGULANTES?
Resumo
A trombose venosa é uma patologia relativamente comum e potencialmente grave, sendo motivo frequente de atendimento em emergências, gerando alto custo social e econômico. A trombose venosa profunda (TVP) e o seu desfecho imediato mais grave, o tromboembolismo pulmonar (TEP), são componentes da entidade nosológica conhecida como TEV e são complicações relativamente comuns nos pacientes hospitalizados, principalmente naqueles submetidos à cirurgia. Foi realizado uma revisão integrativa da literatura atual (entre os anos de 2015-2024), de viés epidemiológico, visando buscar artigos e periódicos que expressem a ocorrência de TVP em Cirurgia Plástica, além de suas possíveis complicações e conduta profilática. O trombo venoso é composto predominantemente de hemácias e fibrina com composição variável de leucócitos e plaquetas. A formação, crescimento e dissolução desse trombo dependem de um balanço entre estímulo trombogênico e mecanismos protetores. Resumidamente, na fase aguda da TVP há risco iminente de embolia pulmonar e raramente gangrena venosa, mas tardia e cronicamente este problema poderá cursar com síndrome pós-trombótica (edema, varizes secundárias, dermite ocre, etc.) nos membros inferiores. Apesar das fortes evidências a favor do uso da profilaxia contra a trombose, ela é ainda subutilizada ou utilizada incorretamente. Assim, faz-se necessária maior conscientização dos profissionais da saúde em relação às complicações tromboembólicas do paciente cirúrgico e sua profilaxia, a fim de evitá-las.