HIPERTERMIA MALIGNA: UMA REVISÃO CLÍNICA DA LITERATURA

Autores

  • Vítor RÊGO
  • Bruna RÊGO
  • Georgea Mahkoul
  • Sthefano Atique Gabriel

Resumo

A hipertermia maligna (HM) é uma doença farmacogenética rara, de caráter autossômico dominante, de baixa incidência, porém potencialmente fatal, desencadeada por exposição a agentes anestésicos inalatórios halogenados e/ou succinilcolina. Caracteriza-se por um quadro de hipermetabolismo do músculo estriado esquelético, por hipercalcemia intracelular, com destruição completa deste, associado ao aumento do consumo de oxigênio, hipertermia, alterações cardiovasculares, rigidez muscular, acidose metabólica, falência renal e morte, caso não seja realizado o tratamento específico com o dantrolene. As manifestações clínicas clássicas são rigidez, lise muscular, acidose respiratória, aumento da temperatura e envolvimento cardíaco. Importantes fatores etiológicos são administração de succinilcolina e anestésicos inalatórios em pacientes suscetíveis, bem como calor e exercício físico. O teste de contratura muscular para exposição ao halotano-cafeína, por sua vez, pode ser utilizado para diagnóstico da suscetibilidade à hipertermia maligna. Por fim, a medida preventiva mais importante é realizar boa história clínica, para antever miopatias e suscetibilidade à hipertermia maligna, de modo a pensar na utilização de outros medicamentos que não a succinilcolina e os anestésicos inalatórios.

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Publicado

2021-08-25

Edição

Seção

Artigos