O novo 8° sistema TNM de câncer de pulmão: um panorama geral das mudanças

Resumen

A incidência do câncer de pulmão apresenta uma crescente curva epidemiológica. Por isso, é
imprescindível manter a contemporaneidade do estadiamento. Nesta revisão descritiva foram analisados
24 artigos, selecionados nas bases de dados: PubMed e Scielo, e a partir destes foi observada a
importância da atualização. De forma detalhada, o novo estadiamento apresenta um impacto
significativo na qualidade de vida do paciente e consequentemente, no prognóstico. Assim, o sistema
de estadiamento do tumor, linfonodo, metástase (TNM) admitido pela Associação Internacional para o
Estudo do Câncer de Pulmão (IASLC) e pelo Comitê Conjunto Americano de Câncer (AJCC) é o
método uniforme utilizado e depende, principalmente, da extensão anatômica da doença. Advindos da
necessidade de revisão de conceitos para um prognóstico mais preciso, houve uma transição da 7ª para
8ª edição do estadiamento do câncer de pulmão .A nova edição agregou ao descritor T, o qual apresenta
cinco categorias sendo a T4 com prognóstico de maior malignidade, 1 cm no ponto de corte quanto ao
tamanho do tumor, além da subdivisão de T1 e T2 e a implementação da categoria Tis. Quanto ao
descritor N, são identificados quatro classificações, apoiadas no componente linfonodal metastático de
acordo com a localização dos linfonodos. Entretanto, nesse descritor há ausência de redefinição entre
as edições. No descritor M estão designadas as categorias M0 e M1, a qual apresenta subdivisões em
M1a, M1b e M1c conforme o local e número de metástases. Sendo M1b e M1c inovação da 8ª edição,
o que permite uma descrição apurada frente a oligometástase e oligoprogressão. As variações entre 7ª e
8ª edição do estadiamento do câncer de pulmão impactam diretamente no prognóstico, dado que é
possível categorizar com um elevado grau de precisão o estadio do tumor e, assim, definir o melhor
tratamento do paciente.